[AL] Greve da rede estadual realiza protesto no Centro de Maceió

Sem aceitar ameaças de Paulo Dantas, o Sinteal e as trabalhadoras e os trabalhadores da rede estadual de educação realizaram mais um ato público na manhã desta terça-feira (5), em Maceió. A manifestação iniciou na Praça do Centenário, no bairro do Farol, e saiu em caminhada até o Palácio do Governo, mesmo sob fortes chuvas, cobrando respostas do chefe do executivo estadual.

Na luta por valorização, a categoria segue em greve desde o dia 1º de julho. A pauta, com 22 itens, inclui reajuste salarial de 10%, condições de trabalho, estrutura nas escolas, equiparação salarial para aposentadas/os e preocupação com a saúde mental das/os profissionais da educação.

“Não adianta apelar para a ilegalidade! Não bastasse começar a descontar o salário, agora o governo está pedindo à Justiça que multe cada grevista em quinhentos reais. Em plena democracia, sob a proteção da Constituição que garante o direito de greve aos trabalhadores, esse governo apela para o autoritarismo ditatorial. O que vai resolver esse impasse é a negociação, não a queda de braço com a categoria. Cadê o ‘coração trabalhador’?”, disse Izael Ribeiro, presidente do Sinteal.

A manifestação contou com uma apresentação dos jovens talentos da batalha de rap do grupo BatalhaST, que trouxeram rimas de improviso destacando a temática e reforçaram de forma criativa a pauta da educação. O grupo, que surgiu dentro de uma escola estadual aqui de Alagoas, e hoje é consolidado no cenário cultural, enalteceu o trabalho das/os profissionais da educação e trouxe mais força ao protesto.

Apesar das afirmações do governador em público alegarem que já cumpriu toda a pauta, exceto o reajuste, Izael esclarece que isso não é verdade. “Ele chegou a prometer muitas coisas na mesa de negociações, mas não cumpriu quase nenhuma. E as poucas que cumpriu são pendências da greve de 2023, e que, após o fim da greve, ele não havia feito a parte dele no acordo”.

Está marcada para a próxima sexta-feira (8), às 09h, no Centro Cultural do Sinteal, uma nova assembleia, onde a categoria debaterá e decidirá os rumos do movimento grevista.