A inaceitável negativa do GDF e da Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) é um exemplo da precariedade trabalhista dos 16 mil professores(as) temporários do ensino público do Distrito Federal. A decisão não leva em consideração a indiscutível importância desses profissionais para a construção do planejamento de ensino antes do início das aulas, em um cenário em que representam 50% da regência de classe. A recusa inviabiliza a realização da Semana Pedagógica em muitas escolas do DF, onde a totalidade de seus quadros são formados por professores em regime de contrato temporário.

O governador Ibaneis, desde a sua primeira gestão, opta pela contratação temporária em detrimento à realização de concursos públicos com o número suficiente de vagas para cobrir a vacância de professores(as). O sucateamento do ensino público pode ser observado também com a perda aproximada de 40%, desde 2015, dos valores empenhados em Educação. Como resultado, os (as) alunos (as) enfrentam salas de aulas superlotadas, professores (as) desmotivados e escolas precarizadas.

O Sinpro-DF segue em processo de negociação em relação às pautas não cumpridas e pontos a avançar, como a valorização das Tabelas de Progressão Horizontal, e convoca os (as) professores(as) para o Ato para o cumprimento das pautas em negociação e em Defesa da Educação Pública do Distrito Federal e no dia 7 de fevereiro, com a concentração a partir das 15h, na Rodoviária de Brasília.