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Nota de pesar pelo falecimento de Tomaz Wonghon

“Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros.” Che Guevara

Publicado: 25 Julho, 2024 - 10h53 | Última modificação: 25 Julho, 2024 - 11h42

Escrito por: CNTE

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É com enorme pesar e tristeza que os/as educadores/as brasileiros/as informam aos/às lutadores/as sociais desse país o falecimento de Tomaz Wonghon no dia de ontem, no Hospital São Lucas, da PUCRS. Tomaz era daqueles bravos homens imprescindíveis a que, certamente, Bertold Brecht se inspirariam como modelo em seu poema e que, agora, parafraseamos em sua homenagem: se há homens que lutam um dia e são bons; se há aqueles que lutam um ano e são melhores; se há ainda aqueles que lutam durante muitos anos para serem muito bons, Tomaz Wonghon foi desse tipo que lutou por uma vida inteira e, por isso, se tornou imprescindível.

A mais nobre das profissões decidiu o escolher como vocação, e assim ele se tornou professor. E como professor, escolheu a luta como caminho. Assim, Tomaz se tornou dirigente do CPERS-Sindicato, nosso mais importante sindicato do Rio Grande do Sul e pelo qual dedicou uma vida inteira. Ocupou também a presidência da nossa CNTE, quando ainda éramos a Confederação dos Professores do Brasil (CPB). Nesse período, como presidente dos/as trabalhadores/as do magistério da educação básica pública brasileira, foi fundamental nos debates em meio à Constituinte de 1987/1988. Parecia que o Brasil já não o bastava e, dali, Tomaz foi também dirigente da Confederação Mundial das Organizações de Profissionais de Ensino (CMOPE), nossa primeira articulação internacional na organização da classe trabalhadora da educação.

A sua trajetória sempre foi a de combater as injustiças desse mundo e, como se não bastasse ocupar as grandes funções que sempre ocupou, Tomaz Wonghon ainda não se furtou a se aventurar, sempre corajoso, pelas experiências da gestão pública, quando foi secretário de educação de Santa Rosa, município gaúcho da região noroeste do Estado. O movimento sindical da educação lhe deve, além do exemplo de luta, tantas contribuições que só o os mais belos militantes podem nos oferecer.

Sem dúvida alguma, Tomaz era daqueles sindicalistas e militantes que o futuro exigirá a todos nós sermos. Uma vida dedicada à luta e aos/às professores/as brasileiros/as, em um período histórico que, de forma generosa, ele pôde tanto contribuir de modo tão incisivo. Os educadores e as educadoras brasileiros/as terão agora um modelo a seguir. E que nele nos inspiraremos a continuar a nossa árdua luta por um mundo mais justo e igualitário, pleno de direitos a todos e todas da classe trabalhadora de nossa educação pública.

Tomaz, presente!

Tomaz, presente!

           

Brasília, 25 de julho de 2024

Direção Executiva da CNTE