Vem aí a Marcha Nacional do Serviço Público contra a Reforma Administrativa
Trabalhadores de todo o país vão às ruas de Brasília no dia 29 de outubro para defender os serviços públicos e dizer não à Reforma Administrativa.
Publicado: 10 Outubro, 2025 - 13h03 | Última modificação: 10 Outubro, 2025 - 13h07
Escrito por: CNTE | Editado por: CNTE

No próximo dia 29 de outubro, representantes de diversas categorias do serviço público, centrais sindicais e movimentos sociais de todo o país irão se reunir em Brasília (DF) para participar da Marcha da Classe Trabalhadora contra a Reforma Administrativa.
A manifestação foi convocada pela pela CUT, centrais sindicais, confederações, entre elas a CNTE, e federações de trabalhadores, com apoio das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo A concentração dos manifestantes será às 9h, em frente ao Museu Nacional, na Esplanada dos Ministérios. Sem um debate aprofundado e definitivo com as entidades que representam os servidores das três esferas (federal, estadual e municipal), a proposta foi apresentada no dia 2 de outubro. O relatório final do Grupo de Trabalho da Câmara, que elaborou o projeto, tem seis eixos temáticos. São mais de 400 páginas, que trazem 70 alterações, organizadas em três proposições legislativas: uma PEC, um PLP e um PL.
Segundo a Secretária de Finanças da CNTE, Rosilene Corrêa, a principal pauta da mobilização é combater a proposta de Reforma Administrativa que está em discussão no Congresso.
“A principal pauta da marcha do dia 29 é combater a proposta que está circulando, que a gente ainda não tem nem um número de uma reforma administrativa. Essa é a pauta central, porque atinge fortemente, brutalmente, todos os servidores, inclusive os trabalhadores da educação”, afirma Rosilene. Ela destaca ainda que todo o serviço público das três esferas está mobilizado: “Queremos a presença aqui em Brasília, mas também há muitas mobilizações nos próprios estados, em capitais e outras cidades”.
Para a CNTE, a presença dos trabalhadores da educação é fundamental para demonstrar resistência e unidade diante do atual cenário político. “Quando você tem um Congresso inimigo, a única força que pode derrotar esses inimigos dos trabalhadores é a mobilização. Assim como foi com a PEC 32, que conseguimos engavetar com muita luta, precisamos novamente mostrar força para barrar essa nova tentativa de ataque ao serviço público”, reforça Rosilene.
Contra a Privatização
As entidades organizadoras afirmam que a reforma, caso aprovada, poderá abrir caminho para a privatização de serviços essenciais, fragilizar a estabilidade dos servidores e ampliar a terceirização no setor público. A Secretária ressalta que o impacto esperado da marcha é político e simbólico, uma demonstração de que a classe trabalhadora está atenta e disposta a reagir.
“O recado ao Congresso é claro: o Brasil está de olho neles. Se essa reforma for colocada em votação, haverá consequências nas urnas no próximo ano. Os trabalhadores não aceitarão essa imposição”, alerta.
A mobilização de 29 de outubro tem como intuito reforçar que a defesa do serviço público vai além de categorias específicas, é uma demonstração de unidade da classe trabalhadora de todo o país. Para os organizadores, a marcha será um marco de pressão política e um alerta de que qualquer tentativa de retrocesso nos direitos dos servidores encontrará resistência.