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Coletivo debate efetivação de prática educacional antirracista nas escolas

A reunião aconteceu em Brasília e reuniu dirigentes de sindicatos filiados de todas as regiões do país

Publicado: 12 Novembro, 2024 - 15h42

Escrito por: Redação CNTE

Geovana Albuquerque
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As perspectivas e estratégias para a construção de uma educação pública antirracista pautaram a reunião do Coletivo de Combate ao Racismo da CNTE Dalvani Lellis, nesta terça-feira (12). Em Brasília, dirigentes das secretarias de combate ao racismo das entidades filiadas à Confederação participaram do momento de reflexão e troca de experiências para a implementação de um ensino voltado à superação das desigualdades étnico-raciais.

“Um momento de troca de saberes e também de nos organizarmos para promover uma escola inclusiva e antirracista”, disse o secretário de Combate ao Racismo da CNTE, Carlos Furtado. 

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“Tarefa de todos”, pontuou a secretária-Geral da CNTE, Fátima Silva, sobre o combate ao racismo e à discriminação racial. Ela ainda reiterou sobre ser uma tarefa diária e não restrita somente ao dia 20 de novembro, data em que é celebrado o Dia da Consciência Negra. 

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“É um compromisso para o qual o mundo do trabalho se despertou e começou a enxergar. E as centrais sindicais, a CNTE e suas entidades precisam ir no mesmo sentido, fortalecendo essa política… Creio que o momento que estamos vivendo, é algo a ser celebrado, e acontece em função de um governo democrático popular que elegemos após quatro anos sem essa atenção. Mas se não fosse essa luta, não estaríamos vivendo esse momento, celebrando a visibilidade que a cor negra está ganhando”, enfatizou Fátima.

Diferenças que unem 

A Professora Adjunta da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, Renísia Garcia, abriu as atividades do coletivo com a palestra “Educação, Antirracismo e Interseccionalidade: Caminhos possíveis e implementação da lei 10.639/2003, que introduziu o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira no currículo da educação básica.

Em sua fala, ela ressaltou ser crucial que o próprio movimento negro reconheça e considere as especificidades e diferenças que existem dentro dele para a construção de uma educação antirracista fortalecida dentro das universidades.

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“Precisamos começar a fazer o debate racial também entre os nossos pares e ter a consciência de que nós teremos muitos inimigos e inimigas nesse caminho. O que queremos quanto educação antirracista cabe no desenho que opera nas universidades… então, nessa perspectiva, precisamos refletir os fatores que nos unem nessa luta”, salientou. 

Coordenadora Nacional do Movimento Negro Unificado, a professora Rosa Negra, destacou o encontro como uma oportunidade de renovar energias e fortalecer o coletivo para o trabalho. Agradeço por estarmos discutindo pautas caras para nós”, disse.

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“A lei 10.639/2003, já alcançou a maioridade e até hoje não vimos o trabalho sendo refletido nos estados e municípios… Nós, enquanto homens e mulheres negros, temos grande responsabilidade, pois somos o movimento que está implementando na ponta a pauta racial e defendendo a vida e história do nosso povo negro.”